Dicas para Comunicar em Mediação e Conflitos

A importância da Comunicação na Mediação e Conflitos !

Comunicar-se bem em qualquer campo organizacional, empresarial, acadêmico ou pessoal é de fundamental importância para que se alcance o sucesso em qualquer empreendimento. A habilidade de gerenciar pessoas, negociar e vender ideias está intrinsecamente ligada à capacidade de comunicar com harmonia e equilíbrio, a qual é veiculada por meio de gestos, atos e palavras. Ainda mais, é preciso permitir-se o conhecimento da própria linguagem, bem como a dos outros e do meio no qual é permeada a comunicação. A comunicação clara e excelente possibilita-nos o acesso a um incrível universo de interações emocionais, intelectuais e físicas desafiantes, mas repletas de movimentos que nos incitam a buscar sempre as realizações, mediações e cooperações.

Falar para grupos, liderar reuniões, administrar conflitos, promover debates, mediar ,negociar com clientes externos e internos, participar de eventos, realizar palestras, ministrar aulas, enfim, traduzirá a imagem do indivíduo como comunicador e sem dúvida expressará a imagem organizacional da instituição que represente. Como se todos esses aspectos não bastassem para motivar-nos ao estudo da nossa própria comunicação, cumpre-nos ainda lembrar que somos responsáveis por ela e precisamos aprender a utilizá-la, fazendo uma ponte para o mundo, para a reorganização de nossos sentimentos e atitudes e promovendo mediações e bons acordos empresariais.

Este artigo pretende fornecer ao leitor algumas dicas sobre a competência em expressar-se com clareza, objetividade, mas com sensibilidade e assertividade em situações de mediação e conflitos. As 7 dicas que ser-lhe-ão apresentadas a seguir, propiciarão potencializar a sua habilidade em comunicar, quando a situação entre 2 pessoas ou mais tem como objetivo um acordo entre interesses variados, para que a competição acirrada ou negativa, não resulte em prejuízos para um dos lados.

A primeira dica é: SABER OUVIR A grande maioria das pessoas ouve para responder e não para compreender. A proposta é de que se ouça com interesse, atenção e concentração no que está sendo dito. Não interromper na metade do discurso ou quando a pessoa ainda está expressando o seu pensamento, possibilita que você apreenda a maior parte do sentimento e a lógica do que o interlocutor está tentando lhe mostrar. Muitas vezes o outro necessita apenas “ser bem ouvido”, para que sentimentos de raiva, ressentimento e hostilidade mudem para relaxamento, confiança e otimismo.

A segunda dica é: PROJETAR A VOZ A voz é um dos mais belos instrumentos com que a natureza nos presenteou. No entanto, surpreende-nos quantas pessoas não gostam da própria voz. Muitas podem ser as causas que nos influenciaram e nos fizeram acreditar nesse desvalor de uma característica tão pessoal como o tipo de voz que temos. A boa notícia é que ao treinarmos, gravarmos nossa voz, podemos acessar o potencial que todo ser humano tem em sua capacidade vocal. Pratique sempre a utilização da voz: leia em voz alta, cante, conte histórias, grave mensagens, ouça a própria voz. Experimente falar mais baixo, mais suave, um pouco mais forte. Declame poesias, leia notícias de jornal. Use imagens criativas em seus discursos, combine palavras simples com palavras de emoção.

A terceira dica é: CONHEÇA A LINGUAGEM CORPORAL O corpo é uma parte fundamental na Comunicação. O conceito de Múltiplas Inteligências tem mostrado há algumas décadas, o quanto o ser humano se prejudica ao separar corpo e mente. Após lermos as dicas acima sobre ouvir e falar, falaremos aqui sobre a importância da linguagem corporal. O autor Alberty Mehrabian demonstrou em estudo que nossa comunicação tem o seguinte tripé: Palavras e conteúdo 7% Tom e energia de voz 38% Corpo e sua linguagem 55% As palavras podem ocultar nosso sentimento, mas nosso corpo é instintivo ao expressar nossas emoções e pensamentos. Em qualquer lugar do mundo, percebemos a importância da linguagem das mãos, por exemplo, inclusive usamos a expressão “falar com as mãos”. Observar e cuidar para que a nossa linguagem corporal seja seja suave, equilibrada, que nosso olhar não seja julgamentoso ou repressivo, que nosso balançar de cabeça não represente uma ameaça tornam a nossa comunicação mais assertiva. Um gesto calmo pode mudar a natureza de comunicação conflituosa.

A quarta dica é: PERSUASÃO E EMPATIA Toda influência, persuasão e empatia são habilidades basicamente emocionais. Como são desenvolvidas essas habilidades? É no contato pessoal que podemos estabelecer um clima de confiança e “rapport” ou habilidade de ver, ouvir e sentir o que os outros deixam escapar e de dar feedback e responder de uma maneira interessante, com enfoque total no acordo e resultado positivo. É como se usássemos uma “lente” especial que nos permitisse enxergar as situações que possam parecer conflituosas ou obscuras. Para persuadir é necessário perceber o que o outro deseja realmente e escolher uma forma, um discurso capaz de atraí-lo para o objetivo comum. Em mediação, essa tarefa é dupla, pois precisamos descobrir o objetivos intrínsecos das partes. E persuadir para um resultado final positivo e que agrade aos envolvidos, o suficiente para obter um acordo.

A quinta dica é: COMPOR O CENÁRIO E PÚBLICO Em nosso cenário global podemos perceber o quanto as pessoas estão afetadas por crises múltiplas e elas sentem-se inseguras, hesitantes e com muitos medos em relação ao futuro. Tudo isto afeta a forma como se comportam em relacionamentos e acordos, em que tenham que tomar decisões. Ciente desse cenário o Mediador precisa tornar o ambiente da comunicação para Mediação e Negociação equilibrado, com certo conforto e acolher os envolvidos com postura tranquila, segura , interagindo não com ar de arrogância , mas com empatia e positividade.

A sexta dica é: PLANEJAMENTO, PREPARAÇÃO E DISCURSO CLARO Um comunicação de sucesso é alcançada quanto planejamos o discurso com um bom planejamento. As etapas de uma comunicação eficaz são : a) Introdução b) Desenvolvimento c) Conclusão Na Introdução deve ficar claro o objetivo da Comunicação. O tempo adequado é em torno de 10% do tempo destinado. A etapa de Desenvolvimento ocupa cerca de 75% do conteúdo, pois é necessário que o motivo ou tema seja esclarecido mais detalhadamente. Na etapa de Conclusão, o encerramento do discurso deve ser claro e bastante objetivo, o que significa no máximo 15% do tempo utilizado. Previamente o Mediador deverá fazer uma busca de informações relevantes e o máximo de conteúdos que poderão interferir no bom resultado de uma Mediação ou Negociação. Essa pesquisa auxiliará a compor um discurso claro, que colabore para compor boas argumentações.

A sétima dica é: PENSAR E REFLETIR SEMPRE, ANTES DE FALAR

Conclusão : Considerando a sociedade como sendo um grupos de pessoas que agem como se fossem um só corpo, uma só pessoa, que buscam a realização de objetivos em comum, que compartilham de um mesmo ambiente social e mercado de negócios e que tem a possibilidade de unirem esforços e arquitetar bons acordos, a Comunicação Eficaz é que torna o processo de Mediação e Acordos passível de contribuir para a solução que transformará os Conflitos em bem comum e uma sociedade mais justa e igualitária. O QUE A CINESIOLOGIA PODE FAZER POR VOCÊ: Uma sessão de Cinesiologia vai encontrar o ponto arquivado em sua memória, em que você acredita que precisou lutar para sobreviver. Através de palavras negativas, agressivas, desagradáveis, você pode ter construído uma comunicação, que seja uma ameaça para o outro. Uma vez encontrado esse fator de stress, você poderá fazer uma nova escolha por Mediar e estimular Acordos em sua vida pessoal, familiar e profissional! E assim alcançar sucesso através de uma Comunicação Assertiva e Transformadora. Vamos experimentar?

Boa semana! Abraços Carinhosos!

Márcia Dario Coach e Cinesiologista.

 

Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/dicas-para-comunicar-em-media%C3%A7%C3%A3o-e-conflitos-m%C3%A1rcia-dario